Kingdom Come 2

PEAK

Desenvolvedora: LandCrab (Landfall + Aggro Crab)

Publicadora: Landfall, Aggro Crab

Gênero: SIMULADOR/SOBREVIVÊNCIA

Engine: UNITY

Plataformas: PC
Data de Lançamento: 16/06/2025

Introdução

PEAK é um jogo cooperativo de escalada onde o menor erro pode significar sua ruína. Sozinho ou em grupo, sua única esperança de resgate em uma ilha misteriosa é escalar a montanha no centro. Você tem o que é preciso para chegar ao PEAK?

Antes de começar a review, eu queria explicar como joguei esse jogo. Estava em um lobby de F1 23 no canal do Sinxplays, e ele iria jogar outro jogo com um amigo dele chamado PhChiquini. O jogo era o PEAK. Como faltava alguém da galera do TS, ele me convidou, e eu comprei o jogo para jogar com eles. Neste ano, tenho feito uma review de cada jogo que jogo para publicar no meu site e também para melhorar minhas habilidades em programação. Por isso, decidi também fazer uma review deste jogo da Landfall. Para quem não sabe, pelo menos na minha biblioteca, eles são os criadores de Content Warning (2024) e Stick Fighter (2017) — excelentes jogos cooperativos e com preço acessível.

Outro ponto importante: o jogo parece ter sido feito por duas equipes — uma da Aggro Crab (Seattle, EUA) e outra da Landfall (Suécia). Preferi colocar a Suécia no título porque é a distribuidora do jogo. Enfim, vamos à review.

Mecânica

75

Na parte de mecânica, irei compará-lo bastante com Death Stranding (2019), do Kojima. Por quê? Porque é o único jogo que lembro onde se escalava e utilizavam-se ferramentas de alpinismo para subir montanhas.

Pontos positivos do PEAK:

A escalada em si é divertida e não é complicada. O jogo desafia o jogador com condições como superfícies molhadas que fazem a barra de stamina descer mais rapidamente — algo bem similar ao que ocorre em Death Stranding. No PEAK, a stamina representa a resistência para subir, enquanto no jogo do Kojima está mais ligada ao equilíbrio. Acredito que isso se deva às limitações da engine Unity.

Outro ponto é que o jogo possui elementos de sobrevivência: é necessário comer durante a escalada, e o jogador enfrenta desafios como peso, vida, veneno e gelo, que afetam a stamina. Além disso, há um limite de tempo para escalar, o que pressiona o jogador. Acho interessante esse elemento de sobrevivência, mas faltou um sistema de crafting ou ao menos uma forma mais acessível de encontrar comida. Muitas vezes, era preciso torcer para que as malas encontradas contivessem algo útil.

Agora, a parte crítica: a maioria dos itens de escalada (com exceção da corda) são inúteis. Por exemplo, o cipó que existe para atravessar locais não tem utilidade real — é lento, consome muita energia, e cair é praticamente fatal. Ou seja, estão mais como enfeites de cenário.

E falando em morte: se você morrer, prepare a pipoca — vai passar um bom tempo apenas assistindo seu amigo jogar.

PEAK introdução

Gráficos

76

Visualmente, o jogo é bonito. Não tenta ser um jogo com gráficos realistas, mas consegue criar uma ambientação legal. A personalização dos personagens lembra os bonecos do Nintendo Wii.

O grande problema aqui é o level design. Pelo que entendi, o mapa muda a cada 24 horas, o que a princípio é interessante para evitar repetição. Porém, os mapas parecem ser gerados proceduralmente e sem muito cuidado.

Na primeira partida, havia apenas um caminho possível para subir. Na terceira tentativa, cada jogador tentou ir para um lado diferente, mas todos acabaram indo para o mesmo local.

No segundo mapa, era impossível subir — talvez por falta de stamina ou pela necessidade de usar os cipós (que, como já disse, são inúteis). Isso tornou a jogabilidade frustrante. Pelo que vi em trailers e na comunidade, existem mais mapas, mas a impressão inicial foi fraca.

PEAK gráficos

Trilha Sonora

55

A trilha sonora é ok, funcional. Não há nada marcante, mas ao menos existe ambientação sonora.

PEAK trilha sonora

História

60

Embora o foco do jogo seja o multiplayer e a escalada, há uma tentativa de narrativa. Quando chegamos no início do segundo mapa, apareceu algo que parecia parte de uma história — até tirei print disso. Comentarei mais sobre isso no veredito.

PEAK história

Otimização

88

Em termos de desempenho, tivemos apenas alguns problemas pontuais. Por exemplo, encontramos algumas malas “flutuando” no início do jogo — talvez destinadas a nos ajudar, mas que estavam inacessíveis.

Outro problema foi o sistema de voz: ele simplesmente não funcionou direito. Apenas alguns conseguiam ouvir os outros, e tivemos que usar o Discord para a comunicação.

Sobre idioma: o jogo não possui tradução para o português do Brasil e, curiosamente, só está disponível em inglês — nem mesmo em sueco, apesar de a Landfall ser da Suécia. Com o avanço da IA hoje em dia, poderiam ao menos ter adicionado uma tradução automática, especialmente considerando que o jogo possui história e tutoriais.

PEAK otimização

Veredito Final

Concluindo: o jogo é divertido. Me diverti muito durante as 3 horas que joguei com o Sinx e os amigos dele. No momento em que escrevo, o vídeo da jogatina ainda não foi postado no canal.

Agora, o problema: eu voltaria a jogar? Só se eles melhorarem três pontos principais (em ordem de prioridade):

  1. Melhorar as mecânicas de alpinismo;
  2. Reestruturar o level design dos mapas;
  3. Adicionar opções de idioma.

Fico me perguntando por que os desenvolvedores decidiram lançar o jogo desse jeito. E o mais estranho é que ele passou por diversos testes com jogadores — será que ninguém apontou esses problemas? Eles são muito evidentes.

A dúvida que fica é: vale a pena corrigir esse jogo? Como ele não funciona por temporadas (você compra uma vez e pronto), e a janela de lançamento é o momento mais importante de um game, pode ser que ele já esteja esquecido.

Diferente dos outros dois jogos citados (Content Warning e Stick Fighter), este não tem um bom fator replay — e isso compromete muito a vontade de voltar a jogá-lo.

Nota: 70.8

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Escrito por Sevens - 21/06/2025 12:30