Football Life Simulator

Introdução

Sinopse: Viva a vida de um jogador de futebol profissional tanto dentro quanto fora de campo.Treine, jogue partidas, gerencie sua vida social, suba na carreira e gaste o dinheiro que conquistar. Decore sua casa com luxo enquanto administra relacionamentos e finanças.

Vale destacar que este é o primeiro jogo da Ludu Arts, um estúdio indie da Turquia. Isso já torna o projeto corajoso e interessante, especialmente por ser uma estreia com uma proposta tão ambiciosa.

Football Life Simulator traz uma proposta que eu nunca tinha visto em outros jogos de futebol: o foco na vida fora das quatro linhas. E isso, ele entrega bem. É possível visitar locais da cidade, explorar a casa do jogador, treinar tanto em campo quanto na academia. E com a recente atualização, não é mais necessário repetir essas tarefas todo dia — agora é possível montar uma agenda e focar mais nas partidas.

Por ser um jogo indie e ainda estar em desenvolvimento, há limitações. A gameplay é restrita à posição de atacante, com apenas quatro atributos disponíveis (chute, técnica, drible e posicionamento). Durante os jogos, você depende de quick time events e de certa sorte para que algo relevante aconteça na sua gameplay, o que pode ser frustrante às vezes. Ainda assim, como simulação da vida de um jogador, o jogo acerta.

Outro ponto positivo foi a presença de clubes brasileiros, com nomes fictícios para evitar problemas com direitos autorais — joguei com o Volta Redonda. O único detalhe que achei confuso foi o sistema da Série B: são 16 times e apenas 3 sobem, o que talvez indique pouco conhecimento sobre o calendário brasileiro.

Os gráficos não são feios, mas também não impressionam. Estão no meio-termo, o que é compreensível para um estúdio indie. Um ponto que poderia ser melhorado é a repetição dos ambientes — estádios, centros de treino e afins acabam sendo os mesmos em várias situações, o que prejudica um pouco a imersão.

A trilha sonora é simples e pouco marcante, mas há um detalhe que merece elogio: os cantos da torcida foram dublados em português, com gritos bem característicos. Provavelmente foi usada inteligência artificial nessa parte, e o resultado ficou legal — especialmente para um jogo indie que busca se adaptar à cultura do país escolhido para o campeonato.

A história tem potencial. O uso de IA nas conversas com NPCs é um diferencial interessante — você pode interagir livremente e até sugerir falas. Isso traz um nível de imersão que poucos jogos têm. No entanto, ainda faltam elementos para deixar tudo mais vivo: mais caminhos de carreira, notícias dinâmicas, repercussão das entrevistas após os jogos... A base está feita, mas precisa ser expandida.

O jogo é leve, tem tradução para o português e rodou sem problemas graves no meu PC. Porém, alguns bugs apareceram — o principal aconteceu após a última atualização, quando coloquei a semana para simular e acabei pulando o jogo da rodada. Como essa era a principal novidade da atualização, senti falta de testes mais rigorosos. Por estar aprendendo desenvolvimento de jogos, sei que esse tipo de bug pode ser evitado com mais atenção.